Bote de proa de risco
É um modelo de embarcação que pode ser encontrado ao longo do litoral do Estado do Maranhão. Assim como os cúteres, esse tipo de canoa costeira apresenta armação com duas velas, uma grande, a carangueja e outra menor armada na popa, a vela de estai. Embora na linguagem náutica oficial, ambos os modelos possam ser reconhecidos como cúter, em virtude das características do seu aparelho vélico, no Maranhão tradicionalmente se diferencia a canoa costeira do bote, atribuindo somente à primeira a designação de cúter. Na prática, a principal diferenciação entre os dois modelos reside no formato de proas e popas.
Modelo 3D
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Características
Casco
Proa de risco. Papa rabo-de-pato. Popa lançada. Quilha robusta de seção quadrangular. Maior boca aproximadamente a meia nau. Tosamento acentuado. Casario baixo. Presença de bita e pau da giba na proa. Cadaste e leme na popa.
Velame
Armação em duas velas: estai e carangueja. Repique da carangueja acentuado. Mastro relativamente baixo.
Zona de ocorrência
Litoral. Ocorre em todo o litoral, com predominância no litoral oeste.
Processo de construção
A estrutura do bote segue a mesma linha dos cúteres. Sobre a quilha são assentadas cavernas de sete paus que recebem a sobrequilha. A cabine pode variar de acordo com a função que o barco exercerá. Pode ser alta, com compartimento de comando, onde um timão, ligado por cabos ao leme, direciona a embarcação. Também pode se apresentar tal qual à dos cúteres: cabine baixa, sem vigia, com leme manipulado diretamente pela cana do leme. A bita pode eventualmente estar esculpida com forma de cabeça humana e é comum aparecerem símbolos como "a lua e estrela", muito usado no talhamar ou no alto do mastro, na vara de combate.